Há 80 anos, a Croisière Jaune promovida pela Citroën para estabelecer a ligação automóvel entre Beirute e Pequim, recriando a Rota da Seda, apenas se realizou porque a palavra impossível não existia no vocabulário dos seus organizadores. As contrariedades foram mais do que muitas, mas os responsáveis por esta aventura nunca desistiram. Primeiro as autoridades soviéticas retiraram a autorização de passagem pelas suas repúblicas da Ásia Central, quando a caravana já estava a postos de partir. Depois de revisto todo o itinerário e do grupo ter sido dividido em dois, um partindo de Beirute, outro de Pequim, aconteceu de tudo aos expedicionários. O grupo da China foi feito refém do governador de uma província, enquanto que o grupo que saíu do Líbano teve de fugir de uma revolta no Afeganistão e desafiou a subida dos Himalaias com os Citroën de lagartas no eixo traseiro. Numa passagem muito estreita, na região de Cachemira, o caminho cedeu à passagem de um dos veículos, que ficou pendurado no vazio. A estrada foi recuperada para a caravana passar, mas essa imagem ficou para sempre como a mais representativa das dificuldades desta expedição e foi o cartaz do filme que foi realizado a propósito do evento.