Henrique Chaves teve algumas contrariedades que marcaram a sua temporada de estreia como piloto oficial da Aston Martin Racing, mas já mostrou o porquê de defender as cores da marca britânica e olha para a restante temporada do GT World Challenge Europe com confiança.
O português participa este ano na principal competição dedicada a GTs da Europa aos comandos de um novíssimo Aston Martin Vantage GT3 da Walkenhorst Racing, fazendo equipa com David Pittard e Ross Gunn.
No seu primeiro ano como piloto oficial da Aston Martin, Henrique Chaves não tido uma temporada fácil com algumas questões próprias de um novo carro. “É difícil fazer um balanço positivo ou negativo. A verdade é que na primeira corrida tivemos um problema com um dos sensores de gasolina e o carro teve um principio de incendio que nos impossibilitou de terminar”, explica o português que continuou, sublinhando a boa performance na grande corrida das Ardenas: “nas 24 Horas de Spa, a corrida mais importante da temporada, foi uma das mais difíceis que alguma vez fiz. Chuva torrencial sem conseguir ver dez metros à frente e ir ‘prego a fundo’, mas terminámos em terceiro na pista e quarto da geral depois de uma penalização que ainda está sob protesto, pois foi muito injusta. Caso seja revertida acredito que o balanço passa a positivo”.
No entanto, em Hockenheim, onde se realizou a terceira etapa da época, a novidade do Aston Martin Vantage GT3 voltou a fazer-se sentir com a instabilidade climatérica e impedir que a Walkenhorst Motorsport encontrasse a melhor afinação para o carro inglês. “A ultima corrida correu bastante mal. Uma falta de ritmo constante em pista seca impossibilitou-nos de lutar por um bom resultado”, reconheceu Henrique Chaves que, porém, mostra confiança em toda a estrutura a seu redor: “penso que o mais importante é perceber que temos muito potencial que, por diversos motivos, ainda não conseguimos evidenciar, mas vamos trabalhar para o alcançar”.
Face à temporada que tem vindo a protagonizar, o piloto oficial da Aston Martin Racing destaca a prova mais emblemática do GT World GT Challenge Europe como o momento que evidencia o verdadeiro potencial da sua equipa, muito embora o evento belga tenha tido também os seus desafios. “As 24 Horas de Spa foi o momento em que mostrámos o nosso verdadeiro potencial. Apesar de nos terem batido na traseira por duas ocasiões, o que nos deixou o carro com muitos danos e com a performance do Aston Martin condicionada, ainda conseguimos terminar em terceiro, que depois se transformou em quarto. Mas foi claramente um grande desafio, dado que para além dos danos que sofremos, durante a noite, com chuva torrencial, tivemos algumas ocasiões que tivemos de usar slicks com a pista em muito más condições”, recordou Henrique Chaves.
A prova de Spa-Francorchamps dá garantias ao português de que os bons resultados estão ao seu alcance e dos seus colegas de equipa, estando determinado para os dois eventos que faltam para o final da temporada – Monza e Jeddah. “O nosso objectivo é alcançar vitorias nas restantes corridas do campeonato. Monza é a próxima prova e é um circuito onde o Aston Martin Vantage normalmente se dá bem, mas foi reasfaltada e, por isso, tudo pode mudar. Vamos trabalhar para conseguir mostrar o nosso verdadeiro potencial”, concluiu Henrique Chaves.