O talentoso piloto português, João Ferreira, está prestes a dar início ao seu segundo Dakar Rally, com objetivos concretos de lutar pela vitória à Geral na categoria SSV. Navegado como habitualmente pelo portalegrense Filipe Palmeiro, o piloto de Leiria não se esconde dos holofotes da vitória, apesar de assumir que vai ter uma concorrência dura de roer nesta que é a mais dura maratona todo-o-terreno do Mundo.
Depois dos triunfos no Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno e Taça da Europa de Bajas em 2022, e de já em 2023 ter vencido etapas no Dakar, provas no Campeonato do Mundo de Todo-o-Terreno (W2RC) e a Baja Portalegre, onde bateu, entre outros Nasser Al-Attiyah, Ferreira está já na Arábia Saudita com a sua nova equipa, a South Racing, onde se mostra preparado para o desafio. “Estamos neste Dakar para lutar pela vitória. Não o podíamos fazer de outra maneira, é e será sempre assim que nos apresentamos a uma corrida. Contudo, e porque vamos ter pela frente a corrida mais difícil do Mundo e adversários tão bons ou melhores que nós, temos de ser muito pragmáticos e inteligentes, trabalhando muito e arduamente para chegar ao objetivo. Podem contar connosco para a luta e vamos dar o nosso melhor. Preparámos este Dakar da melhor forma possível e por isso vamos entrar de igual para igual com os nossos mais diretos adversários”, destacou.
Já depois do Shakedown realizado esta manhã em Al Ula, João Ferreira estava feliz por regressar ao volante do Can-Am. “Depois da vitória nas corridas de Marrocos e Dubai, fizemos alguns quilómetros em Portugal em formato de teste. Hoje consolidámos esse trabalho em cerca de 40km realizados no Shakedown e estou confortável com o compromisso que encontrámos. Amanhã é dia de dar os últimos retoques para arrancar em força no Prólogo, que se disputa quinta-feira.”
A 46ª edição do Rali Dakar terá início na próxima sexta-feira, 5 de janeiro, com um percurso integralmente disputado na Arábia Saudita. A competição, considerada a mais exigente no mundo do desporto motorizado, contará com 12 especiais e o Prólogo, totalizando 7.891 quilómetros, dos quais 4.727 serão cronometrados. Destaca-se a nova super especial de 48 horas, uma espécie de maratona que exige uma paragem para descanso sem qualquer tipo de assitência. A prova terá início em Al-Ula, com o Prólogo de 27 km a determinar a ordem de saída, antecipando uma primeira semana considerada “muito dura” pelo diretor do rali, David Castera.