Depois de em 2019 ter participado no Rally Dakar, ainda disputado na América do Sul, aos comandos de um Can-Am e de já este ano ter feito a sua estreia na categoria Auto na mais dura prova de Todo-Terreno do Mundo, aos comandos do Borgward BX7 DKR, Ricardo Porém regressará, em 2021, à Arabia Saudita para participar no Dakar.
O piloto de Leiria, que na edição deste ano foi colega de equipa de Nani Roma da Borgward Rally Team, assume na próxima edição do Dakar o papel principal nesta estrutura, numa prova que contará com 12 especiais cronometradas, disputadas entre os dias 3 e 15 de janeiro.
Para Ricardo Porém esta será uma experiência totalmente diferente das anteriores e assume que parte com objetivos bem definidos. “Voltar ao Dakar é sempre uma boa notícia. Montar um projeto desta natureza durante a pandemia que vivemos é naturalmente muito desafiante e, também por isso, estou muito contente por voltar a contar com o apoio e suporte da Wevers Sport e da Borgward Rally Team nesta aventura. Este ano assumo o papel de piloto principal na equipa e a responsabilidade aumenta, mas também as hipóteses de surpreender. Sei que, mesmo com duas participações neste evento, continuo a ser um dos pilotos com menos quilómetros acumulados nas areias do Dakar e por isso terei de me manter calmo e concentrado para atingir os objetivos, entre os quais terminar a prova.”
Quando se fala cada vez mais da real possibilidade de existirem, já em 2024, pilotos a participar no Rally Dakar com viaturas a Hidrogénio, Ricardo Porém leva no seu Borgward BX7 DKR as cores de uma empresa portuguesa, que potencia o desenvolvimento desta tecnologia do futuro, e isso deixa o piloto muito orgulhoso. “Poder levar em 2020 a tecnologia do futuro ao Dakar é um grande orgulho, mas também uma grande responsabilidade. Em Portugal existem empresas que estão na linha da frente no desenvolvimento de produtos inovadores e contar com o apoio da PRF – Gas Solutions em mais uma participação no Dakar é muito importante. Espero conseguir dar o retorno e visibilidade à tecnologia que a PRF – Gas Solutions está a promover, que permita, no futuro, quem sabe, participar no Dakar ao volante de uma viatura movida a Hidrogénio”
Depois de em 2020 ter partilhado a aventura com o seu irmão Manuel Porém, o piloto de 30 anos volta a contar com Jorge Monteiro na bacquet do lado direito, navegador com quem partilhou a sua estreia no Dakar, em 2019. “O Manuel, por motivos profissionais, não pode acompanhar-me nesta aventura e, por isso, a escolha óbvia recaiu sobre o Jorge Monteiro, um excelente navegador, muito experiente, que já conheço há bastante tempo e com quem já participei no meu primeiro Dakar. Estou certo que serão dias competitivos muito divertidos e que o Jorge me irá ajudar a atingir os meus objetivos”, garantiu.
A 43.a edição da prova arranca a 3 de janeiro, em Jeddah, terminando na mesma cidade, a 15 de janeiro, depois de 11 etapas e um prólogo, que determinará a ordem de partida para a primeira tirada. O dia de descanso será passado em Ha’il, a 9 de janeiro. O Dakar 2021 terá uma etapa maratona e ainda duas etapas disputadas em loop.