Henrique Chaves e o seu colega de equipa, Miguel Ramos, sagraram-se Campeões do International GT Open de 2020, após uma corrida de nervos que teve lugar este domingo no Circuit de Barcelona-Catalunya.
O português arrancou para a prova do início da tarde do terceiro posto da grelha de partida, mas isso não o demoveu de realizar uma excelente partida, e na aproximação à primeira curva estava já a pressionar o seu adversário na luta pelo título, este não aguentou a pressão e errou, permitindo que o piloto de Torres Vedras ascendesse ao comando.
Henrique Chaves passou então a imprimir um andamento impressionante que lhe permitia abrir uma vantagem superior a cinco segundos para o seu rival na batalha pelo campeonato, quando começaram as trocas de pilotos.
Tudo parecia encaminhado para que o duo luso pudesse caminhar decididamente para o ceptro deste ano do International GT Open. Porém, o outro carro da equipa dos rivais na luta pelo campeonato, com uma volta de atraso, tudo fez para que o McLaren 720S GT3 da Teo Martín Motorsport perdesse o máximo de tempo possível, não respeitando as bandeiras azuis que lhe eram mostradas, o que permitiu que Vincent Abril, que divide um Ferrari com Louis Prette, encostasse ao carro dos portugueses.
Miguel Ramos foi repelindo todos os ataques, mas a três minutos da bandeirada de xadrez, o adversário dos lusos na batalha pelo ceptro, deu um toque no português, atirando-o para a escapatória, onde ficou atascado.
O piloto de Vila Nova de Gaia ainda terminaria em décimo primeiro, mas era insuficiente para que os portugueses pudessem assegurar o título, que, desta forma, ficava nas mãos de Vincent Abril e Louis Prette. Contudo, no final da corrida, os Comissários Desportivos consideraram a manobra do piloto do Ferrari antidesportiva, castigando-o com uma penalização de dez lugares na classificação final.
Com esta decisão, Henrique Chaves e Miguel Ramos conquistaram o título de Campeões do International GT Open de 2020, com 114 pontos, duas vitórias, e seis pódios em doze corridas. “Foi uma prova intensa! O meu turno correu muito bem e tudo parecia estar encaminhado para o nosso sucesso. Mas então, com o Miguel já no carro, começaram as manobras estranhas e antidesportivas dos nossos adversários. Foram momentos de muita tensão, mas no final foi feita justiça e conquistámos o Campeonato”, afirmou o jovem de Torres Vedras.
Henrique Chaves, que este ano completou o seu segundo ano no mundo dos GT, era o espelho da felicidade após todas as decisões tomadas. “Foi uma temporada comprimida em poucos meses e em que tivemos de estar sempre no nosso melhor. Penso que fomos os mais fortes ao longo da época, mostrando sempre rapidez e consistência. Este título é o prémio pelo trabalho que desenvolvemos durante todo o ano. Quero dar os parabéns à Teo Martín Motorsport e ao Miguel e agradecer todo o apoio dos patrocinadores, familiares e amigos. Agora temos de celebrar”, concluiu o português.