O Campeonato de Portugal de Todo o Terreno chega este fim-de-semana ao seu término, com a realização da Baja Portalegre 500, marcando o final da época desportiva em que a equipa Toyota Caetano Motorsport teve de lidar com várias adversidades que acabaram por condicionar grandemente o cumprimento dos seus objetivos nesta época, com João Ramos e Victor Jesus a vencerem a única prova em que lograram terminar, a Baja TT de Loulé, confirmando a competitividade da Toyota Hilux e da equipa, mas os problemas sentidos nas restantes não permitiram perseguir o objetivo inicial de revalidação do campeonato.
Embora arredados da luta pelo título, a presença em Portalegre é sempre uma prioridade para a equipa, atendendo ao impacto mediático da prova, à presença massiva de público, e ao interesse desportivo da Baja Portalegre 500.
João Ramos é claro quando afirma que “seria impensável não estar presente, mesmo apesar de não estarmos na posição que gostaríamos de estar. Portalegre é uma prova com um cariz muito especial, e onde vamos estar ao nosso melhor nível e para lutar pelos lugares cimeiros, até porque, aqueles que nos apoiaram durante esta época merecem o nosso reconhecimento e vamos tentar dar-lhes o melhor espetáculo.
Vai ser o final de uma época atribulada, mas onde mesmo assim percebemos que estivemos no caminho certo, pois sempre que tivemos condições, lutamos pelas vitórias, mas a estatística não esteve do nosso lado, e a probabilidade de algo ceder quando se compete ao nível em que estamos é sempre mais elevada, o que este ano se verificou com os problemas que tivemos. Em Aragón voltamos a dar provas de competitividade, o que nos deu alguma satisfação, e assim, uma época algo amarga em termos de pontos, consegue ainda ter um travo doce em termos globais. Apenas com Aragón, estamos em 20° Lugar do WORLD CUP FOR CROSS COUNTRY BAJAS e de acordo com a minha posição no CPTT face aos azares ocorridos nesta época, não tenho grandes contas a fazer, como tal vou encarar a Baja de Portalegre na luta pela vitória do evento FIA, sem pensar no CPTT.
Portalegre é uma prova bastante longa, e onde a gestão de esforço, quer técnico quer físico faz parte da estratégia, mas não temos muito a perder, e assim vamos principalmente divertirmo-nos, mas sempre com o objetivo de lutar pela vitória. Sem pressão de resultados acho que temos a receita para um fim-de-semana muito interessante em perspectiva.”
A Baja Portalegre 500 arranca na quinta-feira à noite com a partida simbólica, e terá quatro setores cronometrados, num total de 459 quilómetros competitivos, terminando no final do dia de sábado em Portalegre.