Na abertura do Campeonato de Portugal de Ralis, a discussão pela vitória esteve sempre na mão de pilotos estrangeiros. O Campeão Nacional, o irlandês Kris Meeke, agora piloto da Toyota, dominou a prova de abertura do campeonato, apesar da intromissão de Martins Sesks em Ford Fiesta, o piloto da Letónia , que até passou uma vez pelo comando do rali. Agora do lado da Hyundai, o espanhol Dani Sordo também animou a prova, embora as condições atmosféricas não tenham favorecido a vontade de poder brilhar um pouco mais ao lado de Meeke. Contas feitas, e depois do abandono de Martins Sesks com problemas na direção assistida do Ford, e da gestão de Meeke e Sordo pelos dois primeiros lugares da prova, o melhor piloto português foi sempre Armindo Araújo que, apesar de ser impossível chegar aos ritmos de quem tem a “escola” do WRC, esteve sempre em lugares de destaque, deixando Ricardo Teodósio, José Pedro Fontes e Pedro Meireles a considerável distância. Se os duelos entre pilotos WRC irão dominar no futuro o CPR, a luta entre pilotos portugueses poderá mesmo vir a ser entusiasmante….
Depois de Armindo Araújo, que terminou a prova no 3º lugar da geral a 1m38,8 de Kris Meeke, a 4ª posição foi para Ricardo Teodósio a distantes 2m57,2 do vencedor, na estreia aos comandos do Toyota GR Yaris, seguido por Pedro Meireles, José Pedro Fontes e Ernesto Cunha. Também em tempo de estreia com um Toyota GR Yaris Rally2, o açoriano Ruben Rodrigues, que irá fazer todo o campeonato português, acabou por abandonar antes do penúltimo troço, com problemas no diferencial do Toyota. Entre as viaturas de duas rodas motrizes, o vencedor foi Guilherme Meireles num Peugeot 208 Rally4, depois de animado duelo com Ricardo Sousa, que acabou por abandonar com problemas mecânicos e Hélder Miranda, que foi o 2º classificado na categoria, todos em Peugeot. E se vamos seguramente ter um Campeonato de Portugal dominado por pilotos estrangeiros, a animação nacional vai estar seguramente garantida, através de diversas prestações bastante positivas, embora sem o tal ritmo de quem está habituado a rodagens bem diferentes.
Foto: aifa | Jorje Cunha
