A Toyota arrancou a dominar o Rally Raid Portugal e na primeira etapa, volvidos 101 quilómetros cronometrados, as Hilux de Guérlain Chicherit, Yazeed Al-Rajhi e Lucas Morais partem esta manhã na frente para a segunda etapa. As 83 equipas em prova, na corrida reservada aos automóveis, têm hoje pela frente um segundo sector selectivo: são mais 166 quilómetros que trazem algumas mudanças de cenário, que poderão favorecer os pilotos portugueses…
Em termos absolutos, nos dez primeiros classificados encontramos apenas três equipas nacionais, começando pela dupla João Dias/João Miranda, que colocou o seu Can-Am Maverick no oitavo lugar, seguido pelo Mini John Cooper Works Rally Plus de João Ferreira e Filipe Palmeiro, e ainda o Can-Am de Alexandre Pinto e Bruno Oliveira. Mas embora já algo distantes dos Toyota que se posicionaram na frente, os portugueses também sairam vencedores em três das quatro categorias em que se divide a classificação automóvel: os grupos T3/Categoria Challenger, T4/SSV e T2/Stock!
O maior destaque entre os portugueses vai para João Dias e João Miranda, que venceram a Categoria Challenger, por uma vantagem de 37 segundos sobre Alexandre Pinto e Bruno Oliveira. Entre um e outro, na classificação geral, colocou-se o Mini de João Ferreira e Filipe Palmeiro, que em declarações à revista Todo Terreno reconheceu “que este primeiro dia não correu como gostaria”, explicando que “na fase final ainda tive de ultrapassar diversas motos”, embora admita que “o maior problema foi não ter encontrado o ritmo que precisava ter adoptado para andar mais à frente!” Mas, como nos contava Tiago Reis, que ficou apenas em nono entre os pilotos portugueses, “para já, o mais importante é garantir um bom resultado para o Campeonato de Portugal” – cuja classificação termina com o final da etapa de hoje. “A partir de amanhã, tudo será, com certeza, diferente, pois deixo de ter a pressão dos pontos para o campeonato. Além de que ontem encontrei já o piso muito degradado, com profundos sulcos onde era areia, e lamaçais bem rasgados onde era terra…” Líder do CPTT, depois da vitória em Beja, na prova inaugural do campeonato, Tiago Reis e Valter Cardoso pensam na revalidação do título nacional, mas também João Ferreira e Filipe Palmeiro perseguem o mesmo objectivo, “pois daqui em diante vamo-nos dedicar também ao campeonato português”.
O protagonismo na Categoria SSV coube também aos portugueses, com a dupla João Monteiro/Nuno Morais a tomar a dianteira por uma vantagem de 41 segundos sobre o espanhol Ricardo Ramilo! E na Categoria Stock, o único carro do grupo T2 é a Isuzu D-Max de Carlos Jorge Mendes e Rui Silva, que “sobreviveram” à dureza desta primeira etapa e embora tenham uma viatura praticamente de série, não são sequer os últimos em termos absolutos!