As corridas são assim mesmo. Quando tudo fazia prever uma recuperação promissora rumo à liderança do Rally Dakar, um problema na bomba de gasolina atrasou, eventualmente irremediavelmente, João Ferreira da luta pela vitória na mítica prova de todo-o-terreno. O piloto de Leiria perdeu cerca de uma hora para resolver o problema, e daí em diante na etapa entrou em modo “maximum atack”, conseguindo ser o mais rápido na especial na segunda metade da tirada que uniu Ha’il a Al Ula.
“Não há muito a dizer. Demos o nosso melhor ao longo dos últimos dias e hoje não fizemos diferente. Esta corrida tem destas coisas e temos de saber viver com isso. Não vou deixar de dar o melhor até porque estamos inscritos no W2RC, Campeonato do Mundo de Rally Raid, e neste momento somos quem soma mais pontos. O objetivo de vencer o Dakar ficou mais longe, mas temos outras metas que ainda queremos atingir este ano. Não vamos baixar os braços até ao final”, afirmou o jovem piloto de 24 anos que fez sonhar Portugal durante os últimos dias e que agora ocupa o 5.º lugar da geral a cerca de uma hora do líder, Xavier de Soultrait.
Na décima etapa, os competidores vão partir para um desafio total de 609 quilómetros, com uma especial de 371 cronometrados, com partida e chegada em AlUla. A região montanhosa, destacada pela famosa Elephant Rock, será o cenário de um exigente percurso de obstáculos técnico, colocando à prova as habilidades de condução dos participantes.