A vitória de Meeke e Floene foi inteiramente dedicada a Craig Breen na estreia da dupla da Hyundai no campeonato português. Uma vitória emotiva, mas que não deixou qualquer tipo de dúvidas. Duas certezas nesta 3ª prova do Campeonato de Portugal de Ralis. Quem tem ritmo de mundial não dá hipótese a quem por lá não anda frequentemente. Por outro lado, Armindo Araújo parece totalmente recuperado e foi o melhor piloto português em prova, embora a vitória no CPR, essa foi evidentemente para Kris Meeke. O piloto britânico, a correr pela Hyundai Portugal, venceu sete das nove especiais de classificação, incluindo a Power Stage, deixando o boliviano Marco Bulacia em Skoda Fabia a 15,5 segundos e o espanhol Alejandro Cachón em Citroen C3 na 3ª posição a 20,5 segundos. Depois destes andamentos acima da média, foi mesmo o campeão nacional Armindo Araújo que, não foi apenas o melhor piloto luso em prova, como também mostrou estar bem recuperado do acidente que sofreu em Fafe. O piloto do Skoda bateu Ricardo Teodósio, Miguel Correia e José Pedro Fontes, nada mau para quem ainda está a recuperar, e excelente indicador para o Rali de Portugal, um desafio mais duro, já a menos de duas semanas.
Apesar de parado há demasiado tempo Meeke venceu e convenceu, apesar das tentativas de Marco Bulacia e do jovem espanhol Alejandro Cachón. Foi aliás neste duelo que existiu emoção até final, com o piloto do Skoda a bater o espanhol do Citroen por apenas 5 segundos. Só depois veio a luta verdadeiramente portuguesa, com Armindo Araújo a ultrapassar Ricardo Teodósio, que preferiu assegurar os pontos para passar a liderar o CPR e também Miguel Correia, o vencedor da edição do ano passado, que desta vez falhou na Aboboreira, enquanto Teodósio não esteve bem em Amarante. Armindo mostrou a sua classe e aproveitou para ser o 2º classificado no CPR, atrás de Kris Meeke, enquanto Ricardo Teodósio foi 3º em termos nacionais e Miguel Correia o 4º, seguido por José Pedro Fontes.
Kris Meeke e Armindo Araújo somam os seus primeiros pontos para o CPR 2023, o inglês 28 pontos pelas vitórias à geral e na Power Stage e o português 22 pontos pela 2ª posição na prova portuguesa e na Power Stage. Agora o comandante é Ricardo Teodósio, com três pontos de vantagem para Miguel Correia, os dois pilotos que estão na frente do CPR, com confortável vantagem para a restante concorrência. Os irmãos Meireles, Pedro e Paulo, ambos em Hyundai i20 N acabaram por abandonar, enquanto Bernardo Sousa, desta vez acompanhado por José Janela sofreram demasiadas paragens devido a furos. Paulo Neto desistiu logo no final do primeiro troço depois de ter capotado. Um rali muito emocional, com vitória inequívoca de Kris Meeke e a certeza que Armindo Araújo continua eficiente, numa preparação quase perfeita para o Vodafone Rally de Portugal que arranca já a 11 de maio.
Nas duas rodas motrizes a vitoria foi para Daniel Nunes, na Toyota Gazoo Racing Iberian Cup, o triunfo foi para Bruno Bulacia na frente de Ricardo Costa, enquanto Pedro Antunes em Peugeot 208 Rally4 triunfou na Peugeot Rally Cup Ibérica.