Não é por acaso que as 24h de Le Mans são conhecidas como uma das mais duras provas do automobilismo mundial onde tudo pode acontecer. E que diga Filipe Albuquerque. Depois de ter vencido esta prova em 2020 entre os LMP2 e se ser um dos candidatos à vitória este ano, tudo o que havia para correr mal, aconteceu na corrida. Poucos metros bastaram após o arranque para o Oreca #22 de Albuquerque, Phil Hanson e Will Owen fosse abalroado e remetido para a cauda do pelotão.
Apesar de saberem que a corrida estava perdida, os três pilotos da United Autosports encetaram uma recuperação notável. Da cauda do pelotão chegaram esta manhã ao top 10, mas novo azar colocou novamente o #22 muito atrás na classificação para cruzarem a linha de meta num inglório 10º lugar.
“Há coisas que não acreditamos possíveis. E o que nos aconteceu foi uma delas. Segundos depois do arranque para uma corrida de 24 horas sermos abalroados é algo difícil de digerir”, começou por referir Filipe Albuquerque.
“Mas não deitámos a toalha ao chão. Apesar do carro ter ficado longe do seu desempenho normal fomos recuperando lugares e dando o nosso melhor. Mas um azar nunca vem só e quando já estávamos nos top 10, um pedaço de borracha acertou no botão de emergência do carro e desligou-o em plena corrida. Foram mais dois minutos perdidos”, continuou o piloto de Coimbra.
“E depois disto, foi continuar a fazer o nosso melhor. O resultado está longe do que desejávamos, mas pelo menos fica o sentimento de dever cumprido. As coisas não aconteceram por factores externos que não podemos controlar. Mas isto são as corridas e em especial as 24h de Le Mans. Agora é pensar na próxima prova….”, concluiu Filipe Albuquerque não sem antes: “Dar os Parabéns ao António Félix da Costa e ao Henrique Chaves pelas vitórias”.
O piloto português tem agora um período de interregno para dentro de 15 dias regressar aos Estados Unidos da América para mais uma corrida do Campeonato Norte Americano de Resistência.