Henrique Chaves protagonizou ao longo de todo evento dos 1000Km de Paul Ricard uma prestação impressionante, mas um problema técnico impediu-o de vencer a segunda etapa do GT World Challenge Europe Endurance Cup.
Depois do trabalho de afinação do McLaren 720S GT3 ao longo dos treinos-livres, o trio da Garage 59 encarou a qualificação com optimismo, uma vez que o carro inglês estava muito eficaz ao longo do circuito francês.
Henrique Chaves, Alexander West e Miguel Ramos aproveitaram o potencial do material que tinham à sua disposição e conquistaram a pole-position da classe Pro-Am. O jovem de Torres Vedras foi ainda mais além e numa performance que evidencia o seu enorme valor, assinou o quarto melhor tempo da geral na sua qualificação, entre cinquenta e dois carros, batendo a maior parte dos pilotos de fábrica.
Depois da brilhante prestação na sessão que definiu a grelha de partida, os homens do McLaren 188 estavam apostados em concretizar a pole-position numa vitória que demonstrasse o seu ascendente sobre os seus adversários.
Miguel Ramos foi o primeiro a entrar em acção, sendo seguido por Alexander West, repetindo-se este escalonamento até que Henrique Chaves assumisse o controlo do carro inglês para realizar os dois últimos “stints” da prova de seis horas.
Quando o jovem português se sentou aos comandos do GT da Garage 59 este estava na segunda posição da classe Pro-Am e no trigésimo lugar da geral. Henrique Chaves imprimiu então um ritmo fortíssimo, ao nível dos pilotos que ocupavam os dez primeiros lugares, e rapidamente ascendeu ao vigésimo quarto lugar entre os cinquenta e dois carros em pista, o que significava liderar a sua classe.
Uma vitória parecia estar segura, mas nas corridas nada é garantido e nas últimas voltas um problema de suspensão obrigou o jovem português a reduzir substancialmente o andamento, o que deixou o triunfo do trio do McLaren #188 em dúvida.
Na última volta, Henrique Chaves teve mesmo de levantar o pé, perdeu vinte e sete segundo, e acabou por cruzar a linha de meta num bom segundo posto, mas que não deixa de provocar algum amargo de boca, dado a vitória ter estado tão perto.
“Foi um pouco frustrante, uma vez que rodámos em primeiro a maior parte da corrida e o primeiro triunfo do ano estava no nosso horizonte. Porém, desde o início que tínhamos um problema no apoio da suspensão dianteira / esquerda, que estava solto. A roda mexia-se muito para além daquilo que era suposto e as curvas para a direita eram muito complicadas de negociar. Este problema agravou-se bastante nos momentos finais da prova e obrigou-me a levantar muito o pé, tendo a última volta sido dramática. Penso que, se houvesse mais uma volta teríamos de abandonar. Foi pena, porque dominámos a corrida e a vitória estava perfeitamente ao nosso alcance”, sublinhou Henrique Chaves.
Apesar da contrariedade que bateu à porta da equipa do McLaren número 188, o jovem português apontou diversos aspectos positivos que marcaram o fim-de-semana de Paul Ricard. “Tínhamos ritmo e velocidade, como ficou bem evidente ao longo de todo o evento. É claro que queríamos vencer, mas o segundo lugar não deixa de ser um bom resultado. Conquistámos a pole-position, o que nos dá mais um ponto para as contas do campeonato. Penso que todos estivemos muito bem, o Alex, o Miguel, a equipa esteve irrepreensível nas paragens nas boxes, foi um daqueles azares que por vezes acontecem. O que interessa agora é olhar para a frente, ficámos em terceiro na primeira corrida, agora fomos segundos e a próxima prova são as 24 Horas de Spa – seria o palco ideal para conquistarmos a primeira vitória da temporada”, concluiu Henrique Chaves.
A próxima prova do GT World Challenge são as míticas 24 Horas de Spa-Francorchamps, que se disputam entre os dias 28 e 31 de Julho. Porém, já na próxima semana Henrique Chaves disputa as clássicas 24 Horas de Le Mans.