Carlos Vieira somou mais uma vitória e encerrou a primeira jornada da GT3 Cup 2002 invicto, ao terminar a segunda corrida, no Autódromo do Estoril, com uma vantagem de 7.149s frente a Vasco Barros, de novo o seu adversário mais direto, enquanto o jovem José Barros destacou-se pela excelente recuperação de último… até ao terceiro lugar.
“Neste evento quis fazer tudo de forma diferente, utilizando apenas um jogo de pneus novos e consegui, embora pensasse que iria sofrer bastante. Afinal, não sofri assim tanto e deu para conquistar duas vitórias. Portanto, objetivo cumprido, o que me deixa satisfeito”, palavras do piloto que subiu duas vezes ao lugar mais alto do pódio, em termos absolutos, na tarde deste domingo. O seu rival bem tentou contrariar desde cedo o favoritismo que lhe era atribuído, mas sem êxito, como reconheceu: “Fiz um bom arranque, fiquei na frente do Vieira, mas ele estava por dentro, ainda nos tocámos muito levemente, mas a trajetória era dele… Depois ainda tentei chegar-me, mas não deu. Vai ser na próxima…”, comentou Vasco Barros.
Numa corrida bem mais “calma” que a primeira no que toca a incidências, José Barros brilhou, depois de, na sequência do despique com Paulo Martins pelo terceiro lugar, levar um ‘toque’ e fazer um “pião” no decurso da primeira volta. Se Martins não conseguiu prosseguir, Barros arrancou de último para uma recuperação sensacional que o levaria ao terceiro lugar final absoluto e à vitória na categoria AM. “Acho que fiz uma corrida fantástica e só não terminou com chave de ouro devido ao ‘toque’ que me atirou para a última posição. Foi um grande stress, estava a ver que não aguentava. Sem o incidente da primeira volta talvez conseguisse chegar ao segundo lugar…”, referia José Barros, um piloto cada vez mais à-vontade na GT3 Cup.
Em plano de destaque desde o início da corrida, atrás do duo da dianteira, Diogo Rocha não teve a sorte pelo seu lado, à semelhança do sucedido com o seu irmão Luís na primeira corrida (o ‘toque’ de um adversário esteve na origem da desistência), já que um problema de motor forçou o abandono. E René Quintaneiro quase nem “aqueceu”, quando para evitar a colisão com um adversário que seguia na sua dianteira perdeu o controlo do carro e acabou “preso” na gravilha da escapatória.
O quarto lugar absoluto, e segunda posição da categoria AM, acabou na posse do estreante André Fernandes, que apesar de ter rodado na primeira metade do pelotão, nem por isso deixou de passar por algumas dificuldades: “O acerto do carro não estava a 100 por cento, ao contrário do sucedido na primeira corrida, e quase que nem conseguia curvar, talvez devido a um toque sofrido na roda dianteira direita. Mesmo assim, procurei aguentar-me”.
João Vieira, sempre muito “certinho”, repetiu a vitória na categoria GD… “Foi uma dose dupla e sem grande oposição do princípio ao fim. A 6 voltas do final comecei a gerir, pois tinha 9 segundos de vantagem. O carro estava impecável e a Araújo Competição merece os parabéns”. Rui Silva acabou a mesma categoria em segundo, o que o deixou satisfeito, embora se queixasse de alguns problemas na caixa de velocidades. “Correu tudo bem e a partir do momento que a caixa deixou de funcionar a 100 por cento procurei aguentar a minha posição”. Por seu turno, João Posser, terceiro no pódio da GD, também não estava descontente, bem pelo contrário: “O resultado é excelente e foi uma corrida linda, apesar de ter ficado com problemas de caixa a partir da sexta volta”.
A segunda jornada da GT3 Cup está agendada para 18 e 19 do próximo mês de junho, no traçado do circuito espanhol Circuito Ricardo Tormo, em Valência.
Corrida 2 (classificação oficiosa)
1º, Carlos Vieira (PRO), 24m55,291s
2º, Vasco Barros (PRO), a 7.149s
3º, José Barros (AM), a 43.436
4º, André Fernandes (AM), a 1.02.407
5º, João Vieira (GD), a 1.18.163
6º, Rui Silva (GD), a 1.30.074
7º, João Posser (GD), 1.32.691
8º, Álvaro Ramos (GD), 1.33.570
9º, Nuno Mousinho (GD), a 1 volta
Volta mais rápida: Carlos Vieira, com 1m38,545 (média de 152,1 km/h)