A 34ª Baja Portalegre 500 teve contornos épicos. As condições meteorológicas instáveis, com chuva forte no primeiro dia de prova, criaram tremendas dificuldades a todos os concorrentes e Bernhard Ten Brinke, que luta pela vitória na Taça do Mundo FIA de Bajas, foi o mais forte de todos.
Ao volante de uma Toyota Hilux, o holandês andou, de forma constante, entre os primeiros. Mas foi no derradeiro sector, que teve de ser encurtado porque a precipitação da véspera tornou grande parte das pistas intransitáveis, que Ten Brinke resolveu tudo a seu favor. Terceiro na classificação geral após a primeira etapa, o piloto dos Países Baixos imprimiu um ritmo tão forte que só foi acompanhado por Vladimir Vasilyev, o seu rival na Taça do Mundo. Os dois estabeleceram a mesma marca no derradeiro confronto. Mas Ten Brinke foi mais rápido no dia anterior e capitalizou essa vantagem.
No segundo lugar ficou Guillaume De Mévius, que mostrou a competitividade dos Can Am neste tipo de condições. Vasilyev teve, por isso, de se contentar com o terceiro posto. Os três ficaram separados por 1m20s. Em sexto lugar ficou Alejandro Martins. O piloto do Mini Countryman somou a pontuação máxima para o Campeonato de Portugal de TT, mas a decisão do título já estava decisiva.
A Baja Portalegre 500 foi muito dura. Prova disso, foram as inúmeras desistências entre as formações mais competitivas. Os campeões nacionais de 2016 e de 2019, Nuno Matos e Tiago Reis, respectivamente, ficaram “presos” numa ribeira. João Ramos, campeão em 2018, terminou mas muito atrasado. Até Miguel Barbosa, que só precisou de entrar em prova para assegurar o oitavo título na carreira, teve de abandonar com problemas de direcção assistida na Toyota Hilux.