Depois de uma longa paragem, está de regresso o Campeonato de Portugal de Ralis. Castelo Branco foi a chave para reabrir as portas da competição, que se espera venha para ficar. Ricardo Teodósio e José Teixeira estiveram longe do ritmo de campeões, deixando, no entanto, alguns indicadores importantes. Miguel Correia demonstrou excelente ritmo, agora com António Costa no banco do lado, e Paulo Neto com Vítor Hugo ensaiaram pela primeira vez o Skoda Fabia R5 em pisos de asfalto.
Alguns sobressaltos iniciais e problemas de falta de potência no Skoda, nos dois últimos troços, acabaram por ditar o 3º lugar final no Rali de Castelo Branco. O Campeão de Portugal de Ralis sabe que é possível fazer muito melhor, mas depois de uma longa e desmotivante paragem, este foi o melhor resultado possível.
“O resultado acaba por ser bom para o campeonato, que só vai terminar daqui a cinco provas, no Algarve. Os sustos de ontem, mais o problema da falta de potência na parte final da prova, impediram um melhor resultado. Obviamente que queria ganhar, mas uma má escolha de pneus no primeiro dia, aliado a uma falta de confiança ditaram resultados pouco positivos. Hoje, com pneus certos, chegámos a fazer bons tempos nas duas primeiras especiais do dia, mas a falta de potência durante os dois últimos troços, não nos deixou fazer melhor. Um 3º lugar é bom para os pontos, embora nos obrigue a ter mais andamento nas próximas provas”, afirmou Ricardo Teodósio.
Para Miguel Correia, este foi mesmo um rali de coragem. O jovem piloto estreou António Costa no banco do lado e assinou tempos excelentes ao longo da prova.
“Um 6º lugar é excelente! Sinto evoluções muito positivas, mostrando que consigo ser mais rápido no asfalto e entrar com mais confiança em zonas de piso mais sujas. Só posso fazer um balanço muito positivo deste rali, onde a adaptação ao António Costa foi rápida, como ficou demonstrado logo no primeiro troço. Esta poderá ser uma dupla para continuar, basta ele querer”, afirmou Miguel Correia.
Paulo Neto e Vítor Hugo fizeram mais uma adaptação positiva na condução do Skoda Fabia R5. Depois da estreia nos pisos de terra em Fafe, foi agora a vez da experiência no asfalto, com um ligeiro toque numa jante a determinar um resultado menos positivo.
“Tirando aquele azar no primeiro dia, que nos fez cair bastante na classificação, gostei bastante do carro e de um rali onde cometi dois ou três erros, absolutamente normais. Viemos a Castelo Branco aprender o Skoda, num rali curto, mas muito desgastante, devido às temperaturas superiores a 40º, situação que dentro do carro, se trona muito mais complicada. Este é um ano de aprendizagem, e por isso foi importante fazer o rali todo. Parabéns à ARC Sport pela excelente ajuda que nos tem dado, o que é sem dúvida muito importante. Parabéns também ao público, que teve um excelente comportamento ao longo de toda a prova, mantendo-se afastado, mas sempre a apoiar os concorrentes”, disse Paulo Neto.
Para a ARC Sport este foi sem dúvida um fim de semana importante, devido ao regresso da competição. A equipa Bicampeã de Portugal de Ralis sabe que esta foi apenas a 2ª prova do ano, e que há ainda mais cinco ralis para disputar.
“Foi um regresso saudado, depois de uma paragem tão longa. Todos demonstraram excelente comportamento ao longo de toda a prova, o que dá uma nota de confiança para o restante campeonato. O pódio alcançado pelo Ricardo pode ser considerado positivo, e as evoluções do Miguel e do Paulo são bastante encorajadoras em relação ao futuro. Quero deixar o meu agradecimento a todos os elementos da equipa que, uma vez mais, e numa situação bastante difícil como a que vivemos, demonstraram que fazem parte de uma grande família que trabalha em prol do desporto automóvel”, afirmou Augusto Ramiro.