Aos 45 anos, e apos um ano de ausência, Carlos Sousa esta de volta ao Dakar e as pistas do continente sul-americano, onde a partir do próximo dia 1 de Janeiro iniciara a sua 13ª participação no maior e mais difícil rali do mundo, desta vez em representação da Great Wall Motors, o maior construtor automóvel independente da China, e ao volante de um SUV Haval de motorização Diesel.
“E uma marca ainda com pouca tradição no desporto automóvel e que só muito recentemente despertou para o Dakar, como forma de potenciar a sua imagem nos mercados internacionais. Embora sem ter ainda os meios das principais equipas do pelotão automóvel, acredito que poderá uma das grandes surpresas desta edição”, antevê Carlos Sousa, neste seu regresso a América do Sul e a condição de piloto oficial.
“A minha experiencia, o meu palmares na prova e o meu passado em equipas como a Mitsubishi, Volkswagen ou Nissan foram fatores que, quanto a mim, se revelaram determinantes na escolha da Great Wall. Apesar de tudo, confesso que foi com alguma surpresa que recebi este convite, ate porque havia outros pilotos de grande valia disponíveis no mercado e com muita vontade de agarrarem este lugar”, revela o português, aludindo as pressões que terão existido para a contratação de um piloto francês.
“Desde o primeiro contacto em março até á assinatura do contrato em agosto, nunca tive qualquer interferência neste processo, pelo que só posso sentir-me extremamente orgulhoso por ser o primeiro piloto estrangeiro a ser chamado para representar um construtor chines. Sem este convite, acho que muito dificilmente voltaria a disputar um Dakar, por todo o esforço financeiro que esta prova implica”, acrescenta ainda Carlos Sousa, na véspera da sua viagem para a Argentina.