Talvez os espíritos de Machu Pichu tenham seguido connosco, porque hoje tivemos um dia tranquilo, que decorreu perfeitamente! Esqueçamos os quilómetros, até porque embora tenhamos levado o nosso Kia Sorento 4WD a passear por fora da estrada, não o sujeitámos a esforços nenhuns. Saímos de Ollantaytamba no final da manhã, depois de termos tomado um excelente expresso na Plaza de Armas desta pequena vila do Vale Sagrado, a única onde se sente genuinamente que a herança Incas permanece viva e não só porque todas as ruas mantêm a calçada irregular de séculos, pois muitos dos seus habitantes têm imenso orgulho nessa descendência. Tomámos os caminhos de Maras e de Moray, dois lugares de visita fundamental nesta região dos arredores de Cuzco. Próximo de Maras, descemos às impressionantes salinas, onde tivemos o exemplo de como os encargos de transporte podem encarecer os produtos, pois junto aos portões das salinas um saco de Salo Rosado custava 5 Soles, enquanto que no ponto mais encostado às salinas, 500 metros mais abaixo, o mesmo saco era vendido por apenas 2 Soles. Na povoação de Maras, cruzamo-nos com um funeral e foi um momento impressionante: o cortejo era acompanhado por música, que só deixou de ouvir-se após o caixão ter descido ao túmulo. Então, toda a comitiva foi tomar uma bebida, mesmo à porta do cemitério! Logo a seguir, nas ruas estreitas de Maras, ficámos encurralados entre vários rebanhos, que a meio da tarde estavam já a recolher aos estábulos. No caminho para os fantásticos Círculos de Moray, uma espécie de estação agronómica dos Incas, onde experimentavam diversas culturas, encontramos mais um rebanho de ovelhas, acompanhado por alguns burros andinos e umas vacas. O Paulo Calisto registou a “ultrapassagem”…