Ontem o nosso Kia Sorento 4WD teve direito a uma folga. Por isso, ficou o dia todo estacionado em Ollantaytamba, enquanto nós tomámos um comboio para Águas Calientes e trepámos a Machu Pichu, a impressionante cidade sagrada dos Incas, encaixada num pequeno planalto entre quatro montanhas gigantes, bem no interior dos Andes peruanos. Machu Pichu é, provavelmente, o mais forte cartaz turístico do Peru. Trata-se mesmo de um lugar mágico, cheio de energia, onde tivemos a sorte de subir no momento certo: os madrugadores já se tinham cansado de contemplar o santuário, e os grandes grupos das excursões que vêm de Cusco ainda não tinham chegado. Desde miúdo que conhecia Machu Pichu. Primeiro, até pensei que não existia, quando li pela primeira vez as aventuras do repórter Tintin no Templo do Sol. Mais tarde, associei uma coisa à outra e ontem senti-me mesmo nos cenários por onde a imaginação e as páginas deste álbum de Tintin me levaram há tantos anos. Adorei! E diverti-me imenso a perceber que o fantástico de Machu Pichu é que toda a gente sente alguma coisa. Nem que seja curiosidade. Claro que tive de ser discreto nos comentários verbais. Apetecia-me dizer que este sítio é do…, mas o puder e a presença de tantos “portugueses falantes” em redor obrigou-me a um certo recolhimento. Tanto que um grupo de freiras, a quem fiz uma foto, mesmo à beira do precipício, e com quem comentei, assim mesmo, que falava directamente com o Chefe e que ali estávamos mais perto do céu, acharam que eu era…Padre. não tive coragem de desiludir as irmãs e rezamos juntos por um “colega” desaparecido. E ainda me ofereceram uma bela agenda de 2012, com todos os santos assinalados! Digam lá que não valeu a pena?