Manter o poder dos sonhos é sempre uma constante na Honda. A marca nipónica pretende reconquistar o tão desejado lugar ao sol e para isso projecta lançar 12 novos modelos nos próximos cinco anos. O Civic é um argumento demasiado importante e um próprio reflexo da própria Honda. O novo modelo regressa mais combativo e finalmente com motores diesel, transformando-se numa verdadeira lança na Europa para o construtor japonês.
O Honda Civic entra agora na 9ª geração. A primeira surgiu em 1972 e conseguiu conquistar um espaço muito especial no mercado mundial. Os técnicos da marca espreitaram a edição anterior lançada em 2006, guardaram os pontos positivos e evoluíram algumas falhas, como por exemplo a sensível melhoria registada na visibilidade traseira, juntando ainda um benéfico limpo pára-brisas. Aerodinâmica apurada, design interior ajustado, maior capacidade de carga da bagageira e nova suspensão dianteira, são apenas algumas das evoluções do Honda Civic que, contudo, mantém a mesma plataforma.
O Civic sempre foi um carro diferente e que transmite carisma a quem o conduz, sendo um sinónimo de qualidade, sempre com um toque desportivo. O esboço que caracterizou a geração anterior resiste, embora as linhas futuristas do modelo tenham sido redesenhadas e embelezadas, com maior destaque para a secção traseira, onde se destacamos farolins com nova escultura. O “menino querido” da Honda está mais baixo e mais largo mostrando também mais tecnologia e oferecendo consumos de combustível mais moderados.
As saudades de motores diesel no Civic, levaram os responsáveis pela Honda a adoptar nesta primeira fase o conhecido bloco 2.2 DTEC que conseguiu uma redução de combustível na ordem dos 20%, para dar novo ânimo à mais recente criação da marca. Através de vigorosos 150 cavalos e de um generoso binário de 350 Nm, a condução do Civic diesel é extremamente agradável, batendo mesmo aos pontos a versão equipada com o motor 1.8 a gasolina em performances, e particularmente, em consumos. E porque a Honda sabe que dentro do segmento C, cerca de 85% das motorizações são a diesel, já planeou um bloco de 1,6 litros que irá ser lançado dentro de um ano, com preços bem mais convidativos. Para além das desejadas motorizações diesel, o novo Civic oferece dois motores a gasolina. O conhecido bloco de combate de 1,4 litros com 100 cavalos e o mais gastador 1.8 i que debita 142 cavalos de potência.
Com mais de 86.000 modelos comercializados em Portugal desde 1972, a Honda deposita grandes esperanças neste novo Civic, que está na verdade revigorado, pronto para fazer frente a forte concorrência “made in Europa”, servindo-se de um nome praticamente lendário, mas essencialmente de argumentos de robustez e durabilidade que sempre caracterizaram a marca.
Em relação a preços, ainda nada está definido, embora o importador consiga já fazer algumas projecções que não vão estar muito longe da realidade. Assim, a versão 1.4 a gasolina deverá rondar os € 22.000, enquanto o 1.8i deverá estar à venda por € 25.000. O muito agradável motor diesel de 2,2 litros, que casa extraordinariamente bem com o novo Civic, é penalizado em termos fiscais pela alta cilindrada, prevendo-se que os preços arranquem nos € 30.000, o que não é nada de mais, tendo em conta a potência, cilindrada e economia demonstrada.
Civic, um nome que por si só se identifica intimamente com a Honda, vai chegar a Portugal em finais de Fevereiro com os habituais poderes de conquista confirmados, pronto para uma guerra aberta no muito concorrido segmento C.